segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Do Poeta

Viu poesia onde não havia palavras
E de possibilidades tão poucas, tão raras...
Acomodei-me em você, encaixei meu espaço no seu
De pertinho pareceu mais fácil...

Sozinha pensando em como a vida é nublada
Assim mesmo, no alto, pude ver sua presença necessária
Fazendo-me superar meus medos
Atirei-me...

Joguei-me no mar, fugindo de mim
Fingindo fugir de ti
E o silêncio que me trouxe à tona, devolveu o pensamento
Que recorre a você toda vez que sente carinho

O que se externa também transtorna,
Confunde, mistura e funde...
Grita o que silenciosamente se instalou no pensamento...
E já não tem forma o que acontece...

Desaparece da mesma forma que cresce,
Junta o que é esparso,
Enfrenta o que foge ...
O poeta se tornou poesia.

2 comentários:

  1. Perfeito! como você, poesia...

    Um beijo.

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  2. ''O poema

    O poema me levará no tempo
    Quando eu já não for eu
    E passarei sozinha
    Entre as mãos de quem lê

    O poema alguém o dirá
    Às searas

    Sua passagem se confundirá
    Com o rumor do mar com o passar do vento

    O poema habitará
    O espaço mais concreto e mais atento

    No ar claro nas tardes transparentes
    Suas sílabas redondas

    (Ó antigas ó longas
    Eternas tardes lisas)

    Mesmo que eu morra o poema encontrará
    Uma praia onde quebrar as suas ondas

    E entre quatro paredes densas
    De funda e devorada solidão
    Alguém seu próprio ser confundirá
    Com o poema no tempo''

    (http://www.astormentas.com/poema.aspx?id=2149&tp=&titulo=O+poema)

    ''Porque um dia sem sorrisos é um dia perdido'', Obrigado pelo sorriso ao ler seu belo texto... Abraço.

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